De acordo com a Harvard Business Review, uma média de 87,5% dos projetos de transformação digital nunca atingem os seus objetivos. No entanto, apesar desta realidade, as organizações reconhecem que não podem ignorar as tendências de digitalização se pretendem permanecer competitivas.
Nos últimos anos, vários desafios importantes transformaram a indústria e forçaram mudanças nos processos industriais e na forma como os humanos interagem com as máquinas.
Estes incluem:
1. Escassez de mão-de-obra e desafios de retenção de talento: mesmo com a proliferação generalizada de robots, a maioria das instalações regista uma falta de colaboradores e, para além disso, enfrenta uma intensa concorrência para contratar a partir de um conjunto limitado de profissionais qualificados.
2. Instabilidade da cadeia de abastecimento: eventos globais recentes, como a pandemia e a guerra na Ucrânia, perturbaram as cadeias de abastecimento e criaram novas exigências e desafios que exigem a reinvenção dos processos.
3. Perda de conhecimentos sobre as organizações: à medida que mais colaboradores atingem a idade da reforma, partem das empresas com conhecimentos que não transmitiram sobre como otimizar os processos da linha de produção.
4. Ênfase na sustentabilidade operacional: os stakeholders, investidores, clientes e entidades reguladoras exigem agora reduções agressivas no consumo de energia e nas emissões de CO2.
A conectividade impulsiona o valor da transformação digital
Para superar estas barreiras, os executivos e gestores das fábricas do setor industrial devem reconsiderar a natureza do trabalho nas suas instalações e focar-se em como a transformação digital pode enriquecer os colaboradores. Embora as fábricas do futuro contem com mais automação, a variabilidade inerente ao processo de (por exemplo) produção de alimentos, bebidas, produtos de higiene pessoal, entre outros, vai continuar a exigir a intervenção e a orientação de uma força laboral instruída e capacitada na linha da frente.
Para além disso, a necessidade de agilidade e resiliência trazida pelo ambiente pós-pandemia tem de reconhecer que estes colaboradores da linha da frente são o alicerce das novas capacidades. Se não compreenderem isto, as organizações vão ficar aquém dos níveis de produtividade que só a transformação digital, a um nível estrutural, pode trazer – porque se focaram demasiado nas mudanças tecnológicas e não o suficiente na cultura de trabalho. Para que os seus projetos de transformação digital sejam realmente eficazes, não devem pensar apenas em introduzir rapidamente novas tecnologias, mas
também em alterar as funções tradicionais dos colaboradores, para lhes permitir tomar decisões de negócios informadas.
Ana Vieira Simões
Sales Director Distribution & Electricians
Schneider Electric Portugal
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