A UP Catalyst, uma empresa sediada na Estónia que se dedica à produção de nanotubos de carbono e grafite, desafiou o INEGI a desenvolver um sistema inovador de purificação de carbono. O Instituto, em parceria com duas organizações internacionais, colocou mãos à obra e obteve uma tecnologia que melhora a qualidade do produto, assente nos princípios de economia circular e sustentabilidade.
Segundo Luís Esteves, responsável pelo projeto no INEGI, para a captura de carbono, a UP Catalyst utiliza CO2, injetando-o em sal fundido a altas temperaturas. O equipamento co-projetado e construído pelo INEGI otimiza este processo, permitindo ganhos significativos de sustentabilidade.
O novo sistema separa o sal presente no carbono sob alta temperatura e pressão e, além de purificar o carbono, permite a reutilização do sal e a redução da utilização de novos recursos em até 95%.
A tecnologia permite ainda uma melhoria na qualidade do carbono, que pode ser aplicado em pneus, baterias de veículos elétricos e polímeros de alta performance.
“O protótipo desenvolvido minimiza o impacto ambiental da captura de carbono e vai ao encontro das metas da União Europeia para reduzir a utilização de recursos, evitar o desperdício e promover a integração dos princípios de economia circular e sustentabilidade na captura de carbono”, explica Luís Esteves.
O projeto, segundo Luís Esteves, “representou um desafio para a equipa do INEGI”. Quer na fase de projeto, devido às elevadas pressões a altas temperaturas esperadas no protótipo. Quer na fase de construção, devido à dificuldade em encontrar diferentes fornecedores que respondessem aos desafios do projeto.
O projeto MoReCCu – Molten Salt for Green Manufacturing foi cofinanciado pela União Europeia e desenvolvido em parceria com a Universitat de Lleida, a STUBA University of Bratislava e a UP Catalyst.