A disponibilidade da rede de transporte de energia eléctrica depende do funcionamento correcto das linhas aéreas e cabos subterrâneos e das Subestações[1] MAT/MAT e MAT/AT[2], que estão integradas na referida rede, bem como as SE MT[3]/AT e MT/MAT, integradas nas centrais elétricas.
Revela-se necessário a implementação de protecções dos equipamentos e das instalações contra curto-circuitos e sobretensões, temas que são o objectivo deste artigo.
1. Normas e regulamentos aplicáveis
A concepção e a construção das SE, e também da rede de transporte, devem obedecer, em Portugal, aos seguintes Regulamentos:
- RSSPTS: Regulamento de Segurança de Postos de Transformação e Seccionamento.
- RSLAT: Regulamento de Segurança de Linhas de Alta Tensão (Nota: Este regulamento aplica-se a redes de linhas aéreas e de cabos subterrâneos).
- RTIEBT: Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão.
As Normas mais frequentemente utilizadas são:
- NP: Normas Portuguesas.
- EN: Normas Europeias.
- NP EN: Normas Portuguesas harmonizadas com as Normas Europeias.
- IEC: International Electrotechnical Commision.
- IEEE: Institute Electric and Electronic Engineers (USA).
- ISO: International Organization for Standardization.
Devem também ser observados os requisitos especiais, especificações e outros documentos da Entidade Concessionária/Exploradora.
2. Protecção contra descargas atmosféricas e sobretensões de manobra
A protecção contra descargas atmosféricas do parque exterior das SE tipo AIS (Air Insulated Substation) e das SE “híbridas” (SE em que os equipamentos MAT e AT são instalados num invólucro pré-montado em fábrica, isolado a gás [usualmente o SF6]) é realizada por cabos de aço galvanizado ou cabos de alumínio-aço do tipo ACSR – Aluminium Cable Steel Reinforced (cabos de guarda) amarrados aos pórticos e ligados à terra (Figura 1).

Figura 1. Cabos de guarda.
Se não houver pórticos que permitam a instalação de cabos de guarda, deverão ser utilizadas hastes de descarga, habitualmente pára-raios tipo Franklin, instalado em estruturas metálicas da SE (Figura 2).
Manuel Bolotinha, MSc
Engenheiro Electrotécnico (Energia e Sistemas de Potência – IST/1974974);
Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores (FCT/UNL – 2007) Consultor em Subestações e Formador Profissional
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* Artigo redigido segundo o Antigo Acordo Ortográfico
[1] Ao longo do texto as palavras Subestação/Subestações serão substituídas por SE.
[2] AT: Alta Tensão (60 kV ≤ U < 150 kV). MAT: Muito Alta Tensão ( U ≥ 150 kV).
[3] MT. Média Tensão (1 kV < U < 60 kV).
Outros artigos relacionados
- Artigo “Avaliação de risco de ameaças cibernéticas em subestações” da edição 78 da revista “o electricista”;
- Artigo “O transformador elétrico (1.ª Parte)” da edição 89 da revista “o electricista”;
- Livro “Conceitos Gerais de Segurança – Na construção, Manutenção e Exploração das Instalações” presente na estante da revista “o electricista”;
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