A intervenção em edifícios antigos nas cidades tem incidido maioritariamente na manutenção de fachadas, formas, volumes com a reconstrução total do seu interior. O aço tem uma melhor resposta do que o betão por ter uma colocação em obra mais rápida, é mais leve, ocupa menos espaço, requer fundações menos volumosas, reduz as cofragens. A reabilitação pressupõe a harmonia entre diferentes materiais do ponto de vista estrutural, elementos de alvenaria de pedra, alvenaria tradicional, betão, aço e madeira. Cada material tem as suas propriedades intrínsecas podendo ser melhoradas com a utilização adequada de junções dos mesmos. Deste modo considera‑se uma obra de reabilitação como uma estrutura mista. A segurança de um edifício reabilitado não pode ficar aquém de uma analise quanto á sua segurança sísmica. Os edifícios que apresentem mais danos no nosso edificado foram dimensionados e construídos sem consideração ou consideração simplificada da ação sísmica. O comportamento sísmico (segurança sísmica) dos edifícios é muito condicionado pela conceção arquitetónica e pela estrutural, sendo o dialogo entre arquitetos e engenheiros fundamental.
A lei é omissa relativamente à reabilitação de edifícios, atualmente em Portugal existe já uma preocupação quanto a este assunto, com um esforço desenvolvido por várias entidades para uma possível legislação do assunto, nomeadamente a SPES (Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica), LNEC (Laboratório Nacional Engenharia Civil), OE (Ordem dos Engenheiros), OET (Ordem Engenheiros Técnicos).
Lajes mistas aço/betão
Uma das exigências fundamentais das estruturas resistentes a sismos é a formação de “caixas” onde paredes de alvenaria estão ligadas a uma laje rígida que é capaz de distribuir a carga sísmica para as paredes na direção da sua resistência máxima. A melhor forma de obter essa superfície rígida é formando-se uma laje de betão ligada tanto às vigas quanto ao perímetro formado com as paredes (4.4.1.5 em EN1998-1-1). A ligação entre paredes e pavimentos é a intervenção mais importante no reforço sísmico de edifícios existentes.
Joselito Pereira
Engenheiro Técnico, Departamento Técnico
Tecofix SA
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