Revista o electricista

portugueses descobridores de galáxias ganham Vector de Ouro

Portugueses descobridores de galáxias ganham Vector de Ouro

Este ano, o prémio Vector de Ouro da igus foi para os portugueses descobridores de galáxias do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.

Os prémios tecnológicos Vector atribuídos pela igus distinguem a excelência da inovação tecnológica com polímeros de alta performance.

Dar novos mundos ao Mundo. Foi isso que os portugueses sempre fizeram com ousadia, desenvolvendo os instrumentos e os meios necessários para vencer medos e mares impossíveis. Vai longe o tempo das caravelas e do astrolábio, mas permanece a ousadia para desenvolver máquinas capazes de alcançar galáxias distantes, ainda que só as possamos ver.

Numa certa medida, falamos da mesma ousadia, arte e engenho dos intrépidos descobridores de Quinhentos, agora com a vantagem de tecnologias adequadas, como é o caso do complexo sistemas de calhas articuladas tridimensionais aplicadas a um espectrógrafo desenvolvido para detetar galáxias e exoplanetas, inovação que permitiu aos investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço da Faculdade de Ciências de Lisboa serem distinguidos, este ano com o prémio Vector de Ouro.

Entregues a cada 2 anos, os prémios tecnológicos Vector distinguem as aplicações mais inovadoras com calhas articuladas desenvolvidas e fabricadas pela igus, empresa líder em sistemas de calhas articuladas, cabos altamente flexíveis, casquilhos deslizantes, guias lineares e sistemas de fusos com tribopolímeros.

Na edição 2024 foram premiados projetos aparentemente tão díspares como o espectrógrafo astronómico, um equipamento de testes automóveis, o teto de um clube noturno ou uma máquina de recauchutagem de pneus. Porém, esta aparente disparidade encontra um elemento agregador no uso de soluções de transmissão de sinal usando cabos, calhas e materiais de alta performance da igus.

O Vector de Ouro e o correspondente prémio monetário de 5000 euros

O Vector de Ouro e o correspondente prémio monetário de 5000 euros, foram entregues a 7 de Maio numa cerimónia realizada no histórico Observatório Astronómico de Lisboa, edifício inaugurado há mais de 150 anos e que até à década de 60 teve uma forte importância científica no desenvolvimento da astronomia e da astrofísica em Portugal. Pedro Vilas Boas, Country Manager da igus Portugal, anfitrião do evento, referiu na ocasião que “o prémio tecnológico Vector para sistemas inovadores e criativos no
funcionamento de energia em movimento é uma demonstração do compromisso contínuo
com o avanço tecnológico e a busca por soluções que impulsionem o progresso da humanidade.”

Recebeu o prémio Alexandre Cabral, investigador e docente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, atual responsável do grupo de instrumentação do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e também responsável pela componente instrumental da construção, teste e integração do espectrógrafo.

“O mais importante é mostrar como instituições de investigação conseguem colaborar com a indústria. A história desta aplicação técnica que é ao mesmo tempo simples e engenhosa, demonstra criatividade para encontrar uma solução específica e a capacidade para a produzir nos moldes e com os requisitos que eram necessários. E é uma solução que começamos a partilhar com colegas de outros países quando se confrontam com um problema que nós já resolvemos”, referiu Alexandre Cabral.

No decorrer da cerimónia de entrega foi também exibida uma vídeo mensagem do CEO de sistemas de calhas articuladas igus, Michael Blass, que salientou a performance inovativa das aplicações desenvolvidas pela empresa que têm permitido aplicações de grande vitalidade tecnológica.

Texto e fotos por Carlos Saraiva

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