Motor elétrico, o ator secundário da revolução industrial

Logo após as descobertas proporcionadas pelos variados cientistas nas áreas do eletromagnetismo, tais como Ørsted, Ampére, Faraday e Lenz, apareceram as primeiras experiências para criar uma máquina que realizasse trabalho usando esses fenómenos. Um dos primeiros motores, utilizando corrente continua, foi criado pelo húngaro Ányos Jedlik. Ele resolveu um dos problemas do sentido unidirecional da corrente proporcionada pelas baterias de Volta, inventando o comutador.

Mas o verdadeiro motor capaz de gerar trabalho útil, foi inventado pelo britânico William Sturgeon. Tinha um senão, a sua capacidade de realizar trabalho estava limitada à energia elétrica produzida pelas
baterias.

Como a distribuição de energia elétrica ainda não estava estabelecida, as potências em jogo não eram expressivas, logo não havia um mercado prático e emergente para os motores.

Este aspeto não impediu que se dessem os primeiros passos na mobilidade, como a criação de veículos (barcos e carros) usando este tipo de conversões energéticas, estávamos ainda a meio do século 19!

Os motores não são nada mais do que conversores de energia, já que convertem energia elétrica em energia mecânica, com umas perdas pelo meio.

Esta vantagem desde cedo foi sendo canalizada para onde fosse necessário movimento rotativo ou recíproco.

Vários foram os cientistas que foram melhorando estas máquinas, aumentando não só a eficiência, como também as potências necessárias para serem alternativas às máquinas a vapor.

Manuel Armindo
Formador
CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

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