O custo da energia aumentou substancialmente para todas as empresas e a escassez de recursos naturais, como a água, faz com que as empresas tenham a necessidade imperativa de elaborar um plano de eficiência energética. Há alguns anos, os custos de energia eram um fator controlado, que representava um custo direto para as organizações. Para a maioria, os custos eram diretamente representados no produto ou eram insignificantes quando comparados coma análise geral dos custos. Contudo, atualmente já não é assim. Agora devemos ter controlo sobre a energia e ser o mais eficientes possível, de forma a sermos mais competitivos no mercado global a que pertencemos.
Na minha opinião, deveríamos ser eficientes em termos energéticos, consumindo o mínimo possível de recursos naturais do nosso planeta e deixando, para as gerações futuras, um planeta melhor do que aquele em que vivemos. Infelizmente, este pensamento, muitas vezes utópico, não corresponde à realidade da maioria das empresas que têm de apresentar resultados e maximizar os seus lucros a curto prazo. Contudo, o aumento do custo da energia significa que o valor dos recursos energéticos tem um impacto direto nos resultados financeiros e as empresas, que não iniciaram planos de eficiência energética, são forçadas a abordá-los precipitadamente.
Na Europa, os regulamentos energéticos e a promoção de projetos de implementação de energias renováveis estão a mudar rapidamente, de forma a melhorar a pegada de carbono e a diminuir a dependência de outros continentes para obter energia. De acordo com o Decreto- Real n.º 56/2016, de 12 de fevereiro, que transpõe a Diretiva 2012/27/UE do Parlamento Europeu, de 25 de outubro de 2012, grandes empresas (“entendendo-se como aquelas que empregam pelo menos 250 pessoas, como aquelas que, mesmo sem cumprir este requisito, tenham um volume de negócios superior a 50 milhões de euros e, ao mesmo tempo, um balanço superior a 43 milhões de euros“) são obrigadas a realizar auditorias energéticas. Além disso, existe uma tendência europeia que exige que os fabricantes sejam capazes de quantificar a pegada de carbono que criam com o fabrico dos seus produtos. Atualmente, em Espanha, faz-se uma estimativa extrapolando os recursos consumidos, mas em países como a França é cada vez mais necessário o cálculo de dados mais ajustados à realidade.
Para abordar tudo o que foi discutido até agora, muitas empresas iniciam um plano de certificação para a ISO 50001. A aquisição desta certificação é importante, pois oferece uma prova independente à organização da sua gestão energética, bem como um plano de melhoria contínua a curto e a médio prazo dos recursos que são consumidos. Da mesma forma, existe a Norma ISO 50004, que fornece orientação para a implementação, manutenção e melhoria de um sistema de gestão de energia da Norma ISO 50001, o que é muito útil para orientar as empresas no processo de homologação.
Está comprovado que melhorar a nível energético é uma mudança impulsionada pela consciência ambiental da empresa, pela necessidade de melhorar a eficácia dos seus processos ou porque a regulamentação assim o exige. Contudo, o que precisamos de fazer para conseguir essa melhoria? Para isso é preciso medir, analisar, agir e medir novamente. A meu ver, a única forma de o conseguir fazer é digitalizando os processos energéticos.
Por isso, na Weidmüller não nos preocupamos apenas em criar um plano global de eficiência energética para os nossos processos, mas também em fornecer, às empresas, soluções globais para executarem o seu plano de melhoria energética. Para isso dispomos de Energy Meters (analisadores de energia), que permitem monitorizar os dados necessários sobre o consumo de energia das máquinas ou dos sistemas de produção. A Weidmüller conta com equipamentos de última geração especializados em digitalização para gerir toda a informação da forma mais eficiente.
Como é característico da Weidmüller, a empresa não poderia fornecer uma solução global sem o software RESMA, certificado pela TÜV, para atender às Normas ISO 50001. Ele permite documentar medições específicas e avaliar os objetivos energéticos alcançados. O RESMA permite também a monitorização, análise e avaliação de dados energéticos, uma vez que é uma solução aberta para todos os sistemas de medição. Permite ainda criar alarmes, exibi-los na HMI, cruzá-los com dados de fabrico, criar relatórios automáticos e muito mais.
Se tiver algum comentário ou dúvida, não hesite em entrar em contato com os engenheiros especializados da Weidmüller.
Sergio Muiña Simón
Automation Sales Engineer Manager / BDM Machinery
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871
weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt
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