Mas há um problema. Muitas organizações não sabem por onde começar a descarbonização das suas operações – muito menos têm os dados necessários para definir metas realistas. Sem essa informação, é difícil tomar decisões informadas e desenvolver um programa de sustentabilidade eficaz. Considere o caso de uma empresa com vários edifícios em diferentes níveis de eficiência, em diferentes regiões, com diferentes equipas a gerir variados aspetos da transição para a sustentabilidade.
Como se pode imaginar, acompanhar e reportar a evolução desta empresa, ou de qualquer organização, pode ser extremamente complicado. Entender as diferenças entre as emissões de tipo 1 e 2, e como medir cada uma, pode ajudar a diminuir a confusão:
- As emissões de tipo 1 são emissões diretas provenientes de ativos próprios, como edifícios ou equipamentos;
- As emissões de tipo 2 são emissões indiretas provenientes da produção da energia (elétrica, térmica, entre outros) adquirida às empresas de distribuição.
Com os legisladores e reguladores a aumentarem a pressão por evidências de avanço em direção às metas Net Zero, os gestores dos edifícios terão de encontrar uma maneira de lidar com a confusão e reportar, com precisão, o desempenho dos edifícios. O cumprimento destes compromissos exige a definição de indicadores de progresso (KPIs: Key Progress Indicators) e de um sistema fiável para monitorizar essa evolução.
De acordo com um relatório recente da Harvard Business Review1, apenas 27% das empresas têm algum tipo de indicadores ambientais ESG KPIs (ESG: Environmental Social And Governance) definidos e somente 3% estão a usar um sistema completo de métricas.
Felizmente, as mais recentes soluções de software de gestão de energia podem ajudar as organizações a compreender melhor o seu nível atual de sustentabilidade operacional, a definir metas realistas para poupar energia e evitar emissões, e a monitorizar e reportar a evolução para a certificação dos edifícios e relatórios corporativos.
O desafio de medir com precisão a evolução em direção ao NET ZERO
Contabilizar as emissões, compreender as regras de como criar relatórios sobre emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e saber que medidas de melhoria nos edifícios são mais apropriadas pode ser como aprender uma nova língua. Em muitos casos, as organizações têm equipas diferentes com métricas ou formas diferentes de abordar os mesmos desafios e objetivos. As equipas de Facility Services e de gestão das operações analisam as coisas em termos de custos e recursos associados à operação dos edifícios, enquanto as equipas de sustentabilidade falam sobre emissões e impacto ambiental. As organizações
precisam de encontrar métricas padronizadas, criando uma linguagem comum entre as suas equipas, de forma a criar uma melhor transparência e clareza.
Robbie Davis
Gestor de Produto Sénior
Soluções Digitais, Johnson Controls
Grupo Contimetra/Sistimetra em parceria com a Johnson Controls
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